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Laís Lepper: Estudante de Moda

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Rococó

De modo geral, a arte que se desenvolveu dentro do estilo rococó pode ser caracterizada como requintada, aristocrática e convencional. Foi uma arte que se preocupou em expressar apenas sentimentos agradáveis e que procurou dominar a técnica de uma execução perfeita.
O Rococó teve início na França, no século XVIII, difundindo-se a seguir por toda a Europa. Em nosso país, foi introduzido pelo colonizador português e sua manifestação se deu principalmente no mobiliário, conhecido por “estilo Dom João V” (colocar imagem).

O termo “Rococó” originou-se da palavra francesa rocaille que, em português, por aproximação, significa concha. Esse detalhe é significativo na medida em que muitas vezes podemos perceber as linhas de uma concha associadas aos elementos decorativos desse estilo.

Para  alguns historiadores de arte, o termo rococó indica a fase do Barroco compreendida entre 1710 e 1780, quando os valores decorativos e ornamentais são exaltados tantos pelos artistas quanto pelos apreciadores de arte.

De fato, pode-se ver no Rococó um desenvolvimento natural do Barroco. Porém, há entre esses dois estilos algumas características bem distintas. As cores fortes na pintura barroca, por exemplo, na pintura rococó foram substituídas por cores suaves e de tom pastel, como verde-claro e o cor-de-rosa. Além disso, o rococó deixa de lado os excessos de linhas retorcidas que expressam as emoções humanas e buscam formas mais leves e delicadas.

A pintura -  o Rococó desenvolvia temas mundanos, ambientados em parques e jardins ou em interiores luxuosos . As personagens não são mais de inspiração popular, e sim membros de uma aristocracia ociosa que vive seus últimos tempos de fausto antes da Revolução Francesa que se aproxima.  Do ponto de vista técnico também ocorreram transformações na pintura. 

Desapareceram os contrastes radicais de claro-escuro e passam a predominar as tonalidades claras e luminosas. A técnica do pastel passa a ser bastante utilizada, pois ela permite a produção de certos efeitos de delicadeza e leveza dos tecidos, maciez da pele feminina, sedosidade  dos cabelos, luzes e brilhos. 


Jean-Honoré Fragonard: O balanço.

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Jean-Honoré Fragonard: O amoroso coroado, ou O concurso musical.

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Antoine Watteau: Festas venezianas.

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François Boucher:Odalisca.


Vestuário no Rococó;

Os vestidos comuns nos anos de 1750 a 1780 eram chamados de robe (do francês que significa vestido). A maioria tinha as saias abertas na frente para mostrar a anágua. Se o corpete do vestido também fosse aberto, um stomacherdecorado preenchia a fenda, fixado com cordões no vestido ou no espartilho.
Mangas justas até a altura do cotovelo terminavam com babados ou plissados e vestiam-nas acompanhadas por outras mangas à parte, feitas de renda ou linho fino. O decote era ornamentado com babados de renda ou tecido, ou com um lenço chamado fichu a ser dobrado no decote.
O modelo de vestido caracterizado com pregas plissadas nas costas e soltas a partir da altura do decote é chamado de robe à la française.


robe à l’anglaise caracteriza-se por várias pregas nas costas ajustadas bem ao corpo, das quais surge uma saia com diferentes formas de draping.


O draping à la polonaise virou moda em meados de 1770.

A partir de 1770, a alternativa informal para o vestido era um conjunto de jaqueta e saia, vestimenta baseada na moda da classe trabalhadora – no entanto, mais elaborada, justa e com tecidos mais finos. Os estilos mais conhecidos são o Brunswick e o Caraco.
O Brunswick, de origem alemã, compreende num casaco até a altura do quadril, gola alta, capuz, uma manga com babados até a altura do cotovelo e outra mais apertada até o comprimento do pulso, acompanhado de uma saia combinando.
O Caraco é formado por uma jaqueta até a altura da coxa, aberta na frente e com mangas justas (normalmente, três-quartos). Assim como os vestidos da época, o caraco podia ser justo até a cintura ou com sack-back, da mesma forma que o robe à la française.

Tal como em períodos anteriores, para cavalgar o casaco tinha um corte parecido com o masculino, usado com uma camisa de gola alta, um colete e um chapéu. O casaco e uma frente falsa de colete poderiam formar apenas uma peça. Outra alternativa era um redingote longo sem adornos e golas com lapela ampla ou invertida.

A roupa de baixo da mulher nessa época consistia numa chemise de decote baixo e mangas até o cotovelo. Por cima da chemise, pesados espartilhos com as costas estreitas e frente larga (de alças inicialmente e sem alças para o resto do período), cavados o bastante para que a mulher ficasse com os ombros levemente para trás, numa postura elegante.
A vestimenta feminina manteve a ênfase no busto de formato cônico, conforme os anos passados a 1750. No entanto, o quadril ganhou largos panniers. Por volta de 1780 essas armações que sugeriam quadris largos (panniers) foram substituídas por almofadas que diminuíram de tamanho até desaparecerem da composição do traje feminino, preparando o caminho para o desenvolvimento da silhueta império.


Amarrava-se em volta da cintura bolsos suspensos, que eram acessados através de fendas laterais no vestido ou anágua. E vestia-se coletes de lã sobre o espartilho, assim como saias acolchoadas nos climas frios do norte da Europa e América.
Os sapatos, feitos de tecido, tinham saltos altos e curvos. Em bailes e festas eram usados como acessórios nos sapatos grandes fivelas de metal polido, geralmente prata, adornadas com pedras falsas.

Na década de 1770 os penteados e perucas tornaram-se notáveis, pois além de elevados, muitas vezes ainda recebiam objetos decorativos simbólicos .
Em 1780, esses pentados foram substituidos por chapéus elaborados . Em ambientes fechados usava-se toucas de vários estilos regionais. Os adeptos do estilo rústico optavam por chapéus de palha e coroa baixa decorados com fitas.

Moda Masculina
Durante esse período, os homens continuaram a usar o casaco, colete e calções do período anterior. O que mudou significativamente foi o tecido. Sob um novo entusiasmo para esportes ao ar livre e atividades no campo, as sedas e veludos elaboradamente bordados deram lugar a vestuários de lã adaptados para todas as ocasiões, exceto as mais formais.
Em Boston e Filadélfia, nas décadas da Revolução Americana, a adoção de estilos de “despir-se” foi uma reação consciente aos excessos da vestimenta da corte europeia; Benjamin Franklin causou sensação ao aparecer na corte francesa, em seu próprio cabelo e o traje simples da Quaker da Filadélfia.


Comparado aos anos anteriores, as saias dos casacos passaram a ser cortadas na frente a partir da cintura. E os coletes, que no começo tinham o comprimento no meio da coxa, foram gradualmente reduzidos até atingirem a cintura.


As camisas tinham mangas longas e cheias, unidas no pulso e com ombro caido. Para ocasiões mais formais, tinham babados e tiras de tecido fino ou renda nas mangas e colarinho.


Sapatos de couro presos com fivelas semelhantes às femininas (de metal polido, geralmente prata, decorado com pedras falsas) eram combinados com meia de seda ou lã. Para cavalgar, usavam botas.

Em ocasiões formais, vestiam perucas ou cabelos longos e pulverizados penteados para trás e amarrados com uma fita na altura da nuca.


Até meados do século 18, foram adotados os chapéus de três pontas. Mais tarde, esses chapéus ganharam apenas duas pontas. E perto do final do período um chapéu alto e ligeiramente cônico com uma aba estreita tornou-se moda (evoluindo para a cartola, no período seguinte).


Dicas de filmes;


Maria Antonieta (2007) - Ganhador do Oscar de melhor figurino.


A princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada ainda adolescente à França para se casar com o príncipe Luis XVI (Jason Schwartzman), como parte de um acordo entre os países. Na corte de Versalles ela é envolvida em rígidas regras de etiqueta, ferrenhas disputas familiares e fofocas insuportáveis, mundo em que nunca se sentiu confortável. Praticamente exilada, decide criar um universo à parte dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar sua juventude. Só que, fora das paredes do palácio, a revolução não pode mais esperar para explodir.

Ligações Perigosas (1989)


França, 1788. A Marquesa de Merteuil (Glenn Close) precisa de um favor do seu ex-amante, o Visconde de Valmont (John Malkovich), pois seu ex-marido está planejando se casar com uma jovem virgem e ela deseja que o Marquês, que é conhecido por sua vida devassa e suas conquistas amorosas, a seduza antes do dia do casamento. No entanto, ele tem outros planos, pois planeja conquistar uma bela mulher casada (Michelle Pfeiffer), que sempre se mostrou fiel ao marido e é religiosa. A Marquesa exige então uma prova escrita dos seus encontros amorosos e, se ele conseguir tal façanha, ela lhe promete como recompensa passarem uma noite juntos. Mas os jogos de sedução fogem do controle e os resultados são bem mais trágicos do que se podia imaginar.



Fontes: História da Arte, Glória Proença - Editora Ática
              https://www. picnicvitorianocwb.com

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