A Belle Époque e a Moda Eduardiana eram contemporâneas e bastante semelhantes, mas uma acontecia na França e a outra na Inglaterra. Considera-se o início da Belle Époque meados de 1890.
Foi, sem dúvidas, uma era de de luxo em que a moda e o
consumo era pensado para grupo seleto e as disparidades sociais tornavam-se
óbvias . No século XIX e início do século XX, a indústria da moda se expandiu a
partir da produção de famosas marcas francesas como: Jacques Doucet
(1871), Rouff (1884),Jeanne Paquin (1891), Soeurs Callot (1895),Paul
Poiret (1903),Madeleine Vionnet (1912),Chanel (1925),Elsa Schiaparelli(1927) e
Balenciaga (1937).
A moda da Belle Époque passou por diversas transformações com
o decorrer do tempo, afinal estamos falando de duas décadas. Para conseguirmos
compreender as mudanças e permanências da moda dessa era vamos dividir os anos
e analisar as tendências separadamente.
1895 – 1910
A moda da Belle Époque é fiel ao espírito do Art Nouveau, uma
corrente artística que é caracterizada por curvas e inspirado pela
natureza do embelezamento.A silhueta era caracterizada por curvatura em “s”
curva conquistada pelo uso de corpetes e espartilhos apertados que acentuavam
os seios e quadris que eram projetos para fora do corpo, e afinavam a
cintura.Essa silhueta ainda era um resquício da forma ampulheta em voga durante
o século XIX.
As roupas eram
excessivamente românticas e fluidas contando com vários detalhes como
plissados, bordados e aplicações de renda. As roupas eram tão trabalhadas
e com tantos detalhes que nenhuma dama poderia vestir-se ou despir-se sem
o auxílio de um terceiro, mais uma forma de distinção social.
O guarda-sol, para
proteger a pele clara do sol, tornaram-se acessórios indispensáveis à
composição do look diurno. Coberto com rendas, o guarda-chuva tinha cabo
de madeira ou marfim esculpido, tornou-se um acessório de moda
indispensável à composição do look diurno da época assim como os grandes e
luxuosos chapéus.
Quanto aos penteados o estilo “Pompadour”, usado por mulheres
e homens,consistia em um “topete” feito com o próprio cabelo ou usando
apliques quando queriam mais volume, o cabelo era jogado para trás e preso
geralmente em coque no topo da cabeça.
O paradigma da
mulher ampulheta, de cintura e pés minúsculos ( muitas mulheres decepavam
o dedinho mindinho para afinar os pés) e pele clara foi dissemido
principalmente pelas “Meninas de Gibson”. O ilustrador de moda Charles
Dana Gibson, entre 1890 e 1910, assinou colunas de moda em revistas e manuais
de boas maneiras nos EUA e Grã-Bretanha, em seu trabalho lançou a imagem de uma
“Nova Mulher “, desportiva , independente e elegante.
Aos poucos as mulheres conquistavam seu espaço, as mais
ousadas já dirigiam e trabalhavam fora, o terno aos poucos foi introduzido
ao vestuário feminino, inicialmente o paletó era usado com uma saia
drapeada.
Os vestidos eram
feitos de tecidos suaves e leves, como musseline de seda e chiffon, as cores
eram leves, geralmente bege e branco. Ainda era a norma fazer vestidos em duas
partes: Corpete e Saia. Os decotes desapareceram das roupas diurnas dando lugar
às golas altas de renda que alta mas a noite usavam decotes quadrados e
redondos que permitiam o uso de jóias.
1910-1914:
O mundo estava em alerta e a corrida armamentista tornava a I Guerra Mundial iminente. Era necessário se habituar à agilidade e praticidade dos novos tempos industriais,não havia mais espaço para movimentos limitados.A silhueta torna-se mais natural, nada de corsets ou espartilhos, o estilo império retorna ao guarda-roupa feminino e o comprimento da saia também começou a subir mostrando os sapatos e tornozelos.
Dois ternos peça começou a fazer rondas em moda feminina no final de 1913. A jaqueta era um pedaço de tecido volumoso, enquanto a saia estreitou tanto nos tornozelos, apenas pequenos passos eram possíveis. Chapéus, antes grandes e com flores , se transformaram em turbantes com penas ou broches.
O movimento Orientalista invade a moda pelas mãos de Paul Poiret, um dos estilistas expoentes do período, porém ganha muitas adeptas após o sucesso da apresentação do espetáculo Scheherazade ( figurinos inspirados pelo Orientalismo), do Ballet Russo,em Paris.
Poiret criou em pantalonas , turbantes,quimonos,vestidos império,saias “hobble”e obis, também usou cores vivas e combinações exóticas que as mulheres poderiam vestir sem a ajuda.Chapéus antes grandes e com flores se transformaram em turbantes com penas ou broches.
Com o início da Guerra, em 1914, as alterações no vestuário foram ditadas mais pela necessidade do que estética, as mulheres eram forçadas a trabalhar o que exigia roupas mais adequados às suas novas atividades , a gravidade da situação fez com adotassem um visual monocromático com cores mais escuras e sóbrias.
bom dia, gostaria de saber se posso usar imagens da sua página, no caso mulher com sombrinha para ilustrar um livro. Caso seja possível, peço uma autorização.
ResponderExcluirgrato
carlos gaiza
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fone: 81.9734.2010 tim
Sou estudante de moda e tenho interesse no conteúdo.
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