O século XIX foi agitado por fortes mudanças sociais, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa do final do século XVIII. Do mesmo modo, a atividade, a atividade artística tornou-se mais complexa.Assim, podemos idenficar nesse período vários movimentos que produziram obras de arte segundo diferentes concepções e tendências.Por isso, quando estudamos a arte do século XIX entramos em contato com movimentos artísticos muito diferentes, como é o caso do Romantismo, do Realismo, do Impressionismo, do Pós-Impressionismo.
Valorização dos sentimentos e da imaginação como princípios da criação artística.Sentimento do presente, o nacionalismo e a valorização da natureza.
A pintura romântica - ao negar a estética neoclássica, a pintura romântica aproxima-se das formas barrocas.Assim, os pintores românticos, como Goya, Delacroix, Turner, e Constable, recuperaram o dinamismo e o realismo que os neoclássicos haviam negado.
Outro elemento que podemos observar nos quadros românticos é a composição em diagonal, que sugere instabilidade e dinamismo ao observador.A cor é novamente valorizada e os contrastes de claro-escuro reaparecem, produzindo efeitos de dramaticidade.
Quanto aos temas, os fatos reais da história nacional e contemporânea dos artistas despertam maior interesse do que os da mitologia grego-romana.Além disso, a natureza, relegada a pano de fundo das cenas aristocráticas pelo Neoclassicismo, ganha importância.Ela mesma passa a ser o tema da pintura.Ora calma, ora agitada, a natureza exibe, na tela dos românticos, um dinamismo equivalente às emoções humanas.
Principais artistas;
Goya: a luta pela liberdade
Os fuzilamentos de 3 de meio de 1808.
Delacroix: a multidão agitada nas ruas
A liberdade guiando e o povo.
Turner: a máquina começa a ganhar espaço na paisagem natural
O Grande Canal, Veneza.
Vestuário do Romantismo;
Passado 1815, as roupas femininas tornaram-se gradativamente enfeitadas e decorativas. As saias ficaram volumosas com a ajuda de diversas anáguas. Corsets retornaram severos e a linha da cintura era alguns centímetros acima da cintura natural. Os tecidos tinham cores claras ou cores ricas. Estampas florais e suaves com fundo claro eram bastante populares, assim como a combinação de flores e listras.
Os vestidos noturnos tinham decotes baixos na frente e nas costas.
Podiam ter um babado ao redor do pescoço e/ou ombros imitando rufos
medievais.As saias eram bastante volumosas, estampadas, decoradas com babados e
laços, mantidas com cinco ou seis anáguas e uma crinolina. O comprimento das
saias não ultrapassava a altura do tornozelo.
Havia grande variedade de tipos de mangas, normalmente imensas e
sustentadas por barbatanas ou bolas de plumas. Uma invenção da época é a manga presunto,
que era larga no alto, estreita no cotovelo e justa nos punhos. Em meados de
1830, elas foram invertidas: sendo justas no alto, largas no cotovelo e
novamente justas no punho.
As mulheres se espremiam em espartilhos numa tentativa de imitar a estética da Renascença. Xales eram peças populares para sair às ruas. Capas e casacos longos eram usados no tempo frio ou chuvoso.
Os sapatos eram sem salto, no modelo bailarina, combinando com o vestido. Nas ruas, usavam botas de tecido, mas as mulheres quase não saiam de casa.
Os cabelos compridos eram repartidos no meio, amarrados na parte de trás e com cachos nas laterais do rosto, que com o passar dos anos ficaram maiores e mais elaborados. Eram enfeitados na testa por correntes de ouro ou prata.
Chapéus de abas largas eram usados. Posteriormente, em 1837, os bonnets se tornaram populares durante o dia, dando a impressão de extremo recato e só permitia que o rosto fosse visto de frente.
Pérolas, broches, camafeus, pedras, eram acessórios sempre em formato muito delicado. Leques eram usados em bailes e sombrinhas, embora essenciais, raramente eram abertas.
As mulheres se espremiam em espartilhos numa tentativa de imitar a estética da Renascença. Xales eram peças populares para sair às ruas. Capas e casacos longos eram usados no tempo frio ou chuvoso.
Os sapatos eram sem salto, no modelo bailarina, combinando com o vestido. Nas ruas, usavam botas de tecido, mas as mulheres quase não saiam de casa.
Os cabelos compridos eram repartidos no meio, amarrados na parte de trás e com cachos nas laterais do rosto, que com o passar dos anos ficaram maiores e mais elaborados. Eram enfeitados na testa por correntes de ouro ou prata.
Chapéus de abas largas eram usados. Posteriormente, em 1837, os bonnets se tornaram populares durante o dia, dando a impressão de extremo recato e só permitia que o rosto fosse visto de frente.
Pérolas, broches, camafeus, pedras, eram acessórios sempre em formato muito delicado. Leques eram usados em bailes e sombrinhas, embora essenciais, raramente eram abertas.
Moda Masculina
A silhueta ideal masculina, assim como a feminina, visava ombros largos e cintura fina. As camisas eram de linho ou algodão, usadas com o colarinho em pé e gravatas amarradas com um laço frouxo. As mangas eram justas e acabavam no punho.
Trajavam calças justas afinadas no tornozelo, de cor clara durante o dia e escuras à noite, com fechamento frontal vertical com zíper, ao invés do fechamento frontal horizontal com botões das épocas anteriores. Os casacos eram acolchoados nos ombros e no peito, abotoados na cintura. Os coletes tinham fechamento simples ou duplo e eram extremamente apertados na cintura. As capas largas e pregueadas em torno do pescoço, jogadas sobre os ombros e fechadas com um colchete e uma pequena corrente ficaram na moda até o fim dos anos de 1830, depois foram substituídas pelo sobretudo. Normalmente na combinação citada acima cada peça era de uma cor diferente.
Homens de classe média e alta vestiam espartilhos ou peças que imitavam espartilhos para marcar a cintura e se promover em status. A peça era traje a rigor para oficiais do exército. O espartilho masculino era chamado de “cintas”, “cintos” ou “vestes”, já que a palavra corset soava muito feminina.
Usavam cabelos compridos penteados em cachos ou ondulados, barba e/ou bigodes com costeletas. Vestiam altas cartolas com abas estreitas e em casa.
Moda Vitoriana
Primeira Fase da Era Vitoriana (1837-1860) - A Era Vitoriana corresponde ao reinado de Vitória na Inglaterra, de junho de 1837 a janeiro de 1901. Tempo cujo consumo e burguesia estavam em alta devido o crescimento do comércio com a Revolução Industrial e da fabricação de roupas com a invenção a máquina de costura.
Moda Feminina
De reinado puritano ao extremo, pedia por mulheres recatadas, de
aparência vulnerável e movimentos restritos.
Usado em crianças a partir de três anos, o espartilho era uma
necessidade médica. Crescidas, as mulheres usavam várias camadas de corpetes,
mais de quatro camadas de anáguas, crinolina e vestidos que chegavam a ter 20
metros de tecido, reforçados com barbatanas. Ao sair de casa acrescentava-se um
xale pesado e uma touca adornada, chegando a pesar até 15 quilos de roupas.
As cores das roupas eram claras. A silhueta tinha ombros mais
estreitos, a cintura baixou alguns centímetros e os espartilhos ficaram
“pontudos” comparados à Era Romântica. O corpete e a saia formavam uma só peça
abotoada atrás, podiam usar uma jaqueta curta por cima. As mangas dos vestidos
diurnos desceram até o pulso e eram bufantes no antebraço e justas até o pulso.
A saia tinha formato de sino, usada com forros de lã, anáguas pesadas e
crinolina.
.
Os vestidos de noite eram decotados até os ombros, com decote decorado em rendas, laços e babados.
Os sapatos femininos não tinham salto. Eram ao estilo sapatilha, da mesma cor da roupa, e, às vezes, amarrados no tornozelo como de bailarina. Nas ruas podiam usar botas de tecido. Em 1856, as botas entraram na moda, tinham saltos mais altos e eram amarradas até o meio das canelas.
Entre 1840 e 1850 usava-se bonnets que escondiam rosto e pescoço e que só permitiam a moça de olhar para frente.
Exceto pelos vestidos noturnos, que deixavam parte dos ombros à mostra, as roupas cobriam todo o corpo. Foi nessa época que as primeiras mulheres começaram a reclamar das restrições das roupas e da saúde, então, surgiram calções largos e compridos que se estreitavam na altura dos tornozelos e eram usadas por baixo de saias: os bloomers, mas a peça foi ridicularizada e acabou adaptada para meninas e para educação física.
Moda Masculina
A moda
masculina teve influência do Príncipe Albert, o consorte da Rainha Vitória, que
era jovem e vaidoso. Bastante parecida com a do período romântico: ombros e
peito cheios e cintura minúscula. A calça tornou-se levemente tubular e reta.
Na época
da Revolução Industrial, os homens necessitavam de roupas que facilitassem os
movimentos, portanto, surgiram trajes sóbrios, sérios e impessoais. Tecidos de
cores escuras, listradas ou em xadrez grande ou pequeno. Os únicos enfeites
eram a gravata ou um lenço de seda branco em torno do pescoço, a cartola que
cobria todo o cabelo e a corrente do relógio de bolso que ficava aparente sobre
o colete. Usavam bigode com ou sem cavanhaque.
Foi
introduzido o babador. A peça era uma falsa frente de camisa em cetim, que
deveria ser usada com o traje de gala, presa no colarinho e colocada para
dentro, intencionalmente desarrumada.
De dia,
vestiam um casaco longo, normalmente preto. Para uso à noite, em 1850, ficou em
voga o casaco trespassado com corte reto. O fraque com gravata branca também
era traje formal para os cavalheiros.
Em 1860,
tornam-se comuns os ternos, e casaco, colete e calças todos da mesma cor.
Segunda Fase da Era Vitoriana (1861-1901) - Em 1861, o Príncipe Albert faleceu e a Rainha Vitória mergulhou em tristeza, vestindo luto e não o tirando até o fim da vida. A morte do Príncipe Albert marca o início da segunda fase da Era Vitoriana: as cores escurecem. O normal era vestir trajes de luto por dois anos, mas a rainha optou pelo luto permanente e muitas mulheres a imitaram.
Moda Feminina
Na década de 1960, a silhueta tornou-se menor, incluindo o
tamanho dos chapéus. As saias passaram a ser retas na frente e projetadas para
trás, mas ainda com volume e ornamentos.
As mangas eram amplas em estilo pagode e o pescoço enfeitado com
golas altas em renda ou outro tecido delicado. Estampas geométricas e listras
eram populares em tecidos como cetim, crepe, brocado e tafetá.
O traje noturno tinha decote baixo e mangas curtas usadas com
luvas curtas de renda ou de tecido. As saias possuíam crinolinas maiores que as
saias de uso diurno. Era comum um tecido de mesma estampa ser usado para dois
vestidos, um para o dia, outro para a noite.
Os acessórios eram os mesmos da primeira fase: leques, luvas de
renda ou de tecido, sombrinhas, pequenas bolsas, cabelos repartidos ao meio e
enfeitado com flores e laços. Jóias como pérolas, camafeus, broches e pedras.
Nos pés sapatilhas com ou sem um pequeno salto e pra sair às ruas, botas.
Por volta de 1864, a forma da crinolina começou a mudar e
recebeu o nome de crinolete. Ao invés de ser em forma de cúpula, a frente e os
lados diminuíram e o volume ficou apenas na parte de trás.
Novas silhuetas apareceram entre 1870 e 1890. A moda feminina
teve uma grande mistura de estilos. As saias foram varridas para trás, sendo
ainda mais justas e estreitas na frente e volumosas em um amontoado de tecido
atrás terminando em cauda. O visual causou furor, pois mostrou mais as formas
do corpo feminino.
Em 1870, usavam-se vestidos em cores vibrantes, o espartilho
poderia ser de outra cor e a saia ter tecidos diferentes, sendo um liso e outro
estampado. O espartilho tornou-se ainda mais rígido, restringindo mais os
movimentos. Um tipo de jaqueta que formava uma sobressaia foi usadíssima.
O chapéu ao estilo boneca dava lugar a chapéus pequenos, caídos
sobre a testa. Usados com cabelos presos. Tranças em torno da cabeça eram muito
comuns.
Em 1880, as mangas eram justas e a parte de cima do corpo
enfeitada com babados cobrindo o ombro. A saia ficou com forma de trombeta,
ainda com muito volume na parte de trás e a forma adquirida junto com os
espartilhos era a forma de ampulheta.
A crinolete foi reduzida em um meio arco de metal, chamado de
anquinha (em inglês, bustle), que se projetava horizontalmente para trás. Era
unido por dobradiças que se movimentavam quando a usuária de sentava ou
levantava.
Ainda em 1880, a anquinha gradativamente desapareceu das roupas
femininas. As saias passaram a ter formato de sino, as blusas tinham gola alta
com babados de renda ou tule. A renda também passou a ser usada em vestidos e
em anáguas, que eram agora um símbolo erótico, já que para atravessar a rua, as
mulheres tinham que levantar o vestido e deixavam propositadamente a anágua
rendada aparecer.
Usavam luvas compridas à noite e leques imensos, as jóias eram
extremamente coloridas. Com a popularização das bicicletas, os bloomers, antes
rejeitados, passaram a serem usados, apesar de ainda causarem escândalos.
Nos pés, usavam sapatilhas e botas com um pequeno salto.
Mulheres rebeldes e intelectuais se recusavam a usar esse tipo
de roupa e usavam peças que imitavam a moda, mas eram soltas e sem corset. Elas
protestavam contra o espartilho e as camadas desnecessárias de roupas. À medida
que as mulheres foram ficando mais ativas na sociedade, os espartilhos rígidos
saíram de moda.
Na década de 1890 houve uma mudança de valores. A Era Vitoriana
estava chegando ao fim. Ainda nessa década, o espartilho alongou e fazia com
que o corpo da mulher formasse uma silhueta em forma de S. Silhueta que seria
bem popular na Belle Époque.
Moda Masculina
A roupa masculina do final da Era Vitoriana, não difere muito da
do início. De dia, dominavam as roupas práticas para o trabalho. Usava-se
casaco em curva sobre os quadris com abotoamento no peito, sobretudos curtos e
calças retas. Como acessório: gravatas borboleta, luvas, bengala, além do
bigode, barba e dos cabelos curtos ondulados, cobertos pela cartola. O homem, a
partir dessa década passou cada vez mais a usar trajes informais. À noite, o
traje era o fraque.
Dicas de Filme;
Anna Karenina (2012)
Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles.
Ensaio do filme para Vogue :
Trabalho feito em aula:
Leque da Era Vitoriana!
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